8 de outubro de 2011

The Other Kind of Love (2008)


Não leia a postagem se você não estiver interessado em ler sobre o conteúdo integral do filme.

Em menos de 7min o que se vê é um casal aparentemente bem sucedido, com dois filhos e um bom apartamento.

O que mais falta na maioria dos filmes estrangeiros são patrocinadores e grandes estúdios, como os que se desenvolveram nos Estados Unidos. Imaginem um filme de produção russa. Conseguem?

Então, o que se vê é exatamente um raciocínio avesso ao encontrado nos filmes americanos (isso inclui os filmes brasileiros). Não há como saber exatamente o que se passa na história. Parece que houve uma boa intenção de escrever algo simples, sem aquela pretenção de lançar um mega sucesso. 

A começar pelo fato de que em menos de 7min as moças já começaram a se relacionar como se os meros espectadores já soubessem que rolava uma "atração fatal" entre as envolvidas. Um absurdo não dar tempo ao tempo e deixar isso mais claro. Afinal, como saber o que está rolando num filme se este não apresentá-lo? Aí, quando você já está completamente confusa, eis que surge a Eva (que parece ser professora ou algo do tipo de uma escola onde Daniela, a professora lésbica assumida, leciona), que começa a contar como tudo aconteceu. A partir daí sim, você, que está estupefato, sem entender nada, vai ter uma noção melhor das coisas. (Ah, e o corte da Eva ficou bem.. er.. deixa pra lá.)

Aí Eva explica que costumava evitar Daniela, mas até isso é estranho. Tá, tudo bem, ela evitava a guria, mas como isso tudo aconteceu? Grr... Essa falta de explicação para as coisas, esse jeito avassalador que os filmes retratam as mulheres lésbicas é de irritar qualquer um. Será mesmo que as russas são desse jeito?

Olhem cá com olhos exigentes: uma senhora, mãe de duas crianças, casada com um cara bacana, bem-sucedida, ia mesmo atirar precisamente numa professora novata lésbica e arriscar tudo o que tem de uma maneira tão "soft"? Na Rússia talvez.

Essas histórias montadas demais, cheias de dias maravilhosos e tempos fáceis... E de novo, 11min e mais lips-on-lips (e dessa vez também com teats on teats - deprimente). Sem falar que todos esses "encontros" ocorreram no interior da escola! Aí, claro, depois disso rolou oba-oba entre Eva e Petr (maridão traído).

Sem contar que tudo bem, todo início de relacionamento é bem agitado, a euforia leva a pessoa a ignorar os obstáculos reais, a agir destemidamente... Mas se você fosse casada, com todas as responsabilidades de Eva, iria convidar Daniela para passar algumas horas no seu apartamento? Com as crianças na idade da fofoca (4 ou 6 anos) e o marido sem hora certa para chegar? Era melhor assumir logo tudo e esquecer essa história de namorar secretamente.

E a cena delas no teatro-cinema? Get a room, people! Isso é irritante.

Aí chega a outro ponto da história que leva todos a se questionarem sobre o que vai acontecer com o resto do filme, já que ela contou tudo para o Petr e o filme mal chegou na metade (fala sério). Nessa hora, o mais bizarro é que ela e o maridão continuam juntos! E quem pede o divórcio? Quem? Adivinhem! ELA! Ah vá! E nada de chegar a metade do filme.

Você deve estar imaginando: o que vai acontecer? Sério, prepare-se para o choque, pois o marido pediu para ela ficar com ele e ainda permitiu que Daniela frequentasse a casa para "satisfazer" sua amada.

A cena mais significante do filme inteiro é quando a Diretora da escola chama as duas, Eva e Daniela, para conversar, pois Petr, ainda marido de Eva, solicitou a transferência dos filhos do casal. Quando foram chamadas, a Diretora as tratou muito bem e demonstrou uma ética invejável. Palmas para ela!

Nesse momento é facil de entender o que vai acontecer. O pai colocou as crianças contra a mãe, que agora é a vilã. Além disso, Petr se encarrega de transformar a vida de Eva em uma verdadeira mistura de machismo e muito preconceito, expondo ela e as crianças de uma maneira ridícula (mas bem típica de alguém que se sente rejeitado).

Existem outros pontos relevantes no filme, como o momento em que ela procura uma especialista em divórcios complicados, quando o maridão chega muito bêbado em casa com flores para ela e xinga horrores, a conversa deles sobre os 10 anos de casado e o que tudo isso representou para ela (afinal, se "agora" ela é lésbica, como rolou tanta coisa em tanto tempo?), a confusão das crianças sobre homossexualidade,...

Quando eu pensei que nada mais fosse acontecer, eis que surge o maridão e... leva policiais para a casa dele, mostra as duas "na cama" (ainda não entendi o que elas estavam fazendo juntas na cama do maridão) e diz que sente sua moral atingida. Hein?! E, incansavelmente, ainda muito infeliz, ele redigiu um documento e o encaminhou para a escola, ameaçando entregá-las. E tudo se enrola ainda mais, porque as crianças começam a se envolver em brigas, Eva resolve deixar o Petr com a guarda das crianças... Aí rola uma briga entre Daniela, Eva e Petr. Até agora estou tentando entender direito o que houve. E tudo acabou. Sim! Tudo acabou! Uma briga de 3 ou 5 minutos definiu o relacionamento. Cof, cof, que tédio. Eva terminou o filme sozinha e isso ficou definido nos últimos 5min do filme.

Deprimente. E se você não gosta de russo, não assista.

Quer experimentar? Você pode encontrá-lo no site Elas e Elas Filmes.

5 de janeiro de 2011

Um Quarto em Roma (2010)


Gostos à parte, a primeira coisa que pensei quando comecei a ver este filme foi: hein?

Este é um filme para quem valoriza cenas calientes.

Um Quarto em Roma (2010) retrata a história de duas jovens, no verão de 2008, Alba (Elena Anaya) e Natasha (Natasha Yarovenko), que se conheceram por acaso.

Após se conhecerem, passam 12h juntas no mencionado quarto de hotel. Vivem ali um romance carregado de entrega. No entanto, na tarde do dia seguinte, elas devem embarcar em aviões com destinos distintos: Espanha e Rússia.

É um filme cansativo. Para quem esperava uma grande história, sinto muito, pois não foi esse o foco do filme. As cenas de drama são forçadas, as duas atrizes não combinam (sem química), a relação entre as duas começou de um jeito confuso demais e "terminou" de outro mais confuso ainda... Nem dá para perceber que o filme tem 109min, pois a sensação é de que ele tem 300min. Muita enrolação.

Informações sobre o filme:

DRAMA - 109 minutos
Título original: Habitación en Roma
Direção: Julio Medem
Elenco: Elena Anaya, Natasha Yarovenko, Enrico Lo Verso, Najwa Nimri.

Quer assistir? O Dela's e o Elas & Elas Filmes podem ajudar você!

The Four-Faced Liar (2010)


Retrata a história de Bridget (Marja Lewis Ryan), Molly (Emily Peck), Trip (Todd Kubrak), Greg (Daniel Carlisle) e Chloe (Liz Osborn), cinco jovens que vivem em Nova York. São dois amigos inseparáveis, a namorada de um deles e um casal de novela que se encontram num Pub Irlandês de West Village. A partir daí o relacionamento entre eles começa a se fortalecer.

Numa reflexão breve sobre a história, o que se vê é a retratação da vida de uma forma leve, afinal, abandona-se aquela imagem de drogas, sexo, boates e rebeldia que tantos filmes insistem em “retratar” quando o tema homossexualidade é abordado. Nesse filme não há isso. São amigos divertidíssimos, pessoas com mente aberta, atrizes com ótimo desempenho e uma garantia de boas risadas.

Sem cenas pesadas e a previsibilidade comum, The Four-Faced Liar é, na verdade, uma exposição do cotidiano, mostrando a moça perfeita com medo da sociedade, uma lésbica assumida, um amigo-irmão, um garoto conservador, o desespero da vida a dois, traição, paixão. 

Informações sobre o filme:

Drama / Romance / Comédia - 87 minutos
Produção: USA
Direção: Jacob Chase
Elenco: Marja Lewis Ryan (Bridget), Emily Peck (Molly), Todd Kubrak (Trip), Daniel Carlisle (Greg), Liz Osborn (Chloe).

Quer assistir? O Elas e Elas Filmes ajuda você!